sexta-feira, 24 de abril de 2009

A DANÇA DOS MASCARADOS

Como os índios, que receberam com festas o descobrimento da América, representaram aves descreve-nos o autor do magnífico poema "Colombo", no canto 291:

"Eis matizados gruposDe ligeiros donzéis, vestidos de aves!Frontes ornadas de compridos bicos.Braços cobertos de brilhantes penas.No remigio imitando as várias avesDando saltos e pulos desmedidos."

O nosso índio, passou da máscara à mordaça e hoje encontra-se preso aos grilhões da miséria.

Uma tribo, os hopi do Arizona, celebravam um ritual com máscaras, onde elas representavam seus ancestrais e seus deuses. Deste modo, parentes falecidos vinham até eles, só que em forma de espíritos chamados de "Kachinas" e as máscaras também possuíam este nome.

Outros povos primitivos já usavam máscaras para assustar o inimigo. E, muitos outros, acreditavam que a máscara encarnava um espírito e era tratada como tal.Existiram também máscara fúnebres ou de morte, importantíssimas e muito usadas entre os egípcios.

Muitos povos, ainda hoje, usam-nas em cerimônias associadas à morte. Na Nova Irlanda, dançarinos se utilizam de máscaras para invocar pessoas mortas e acreditam que durante a cerimônia seus espíritos se fazem presentes.

Na África, a instituição das máscaras era utilizada nos rituais agrários, iniciáticos e funerários.

Tribos indígenas dos Andes têm o costume de cobrir seus mortos com uma máscara, para que eles estejam protegidos dos olhares de espíritos maléficos.

Há muitas histórias também, sobre a beleza oculta por máscara. O Fantasma da Ópera e a Bela e a Fera, são exemplos bem conhecidos. Em ambos os casos, o herói sofre de uma deformação externa. Por isso, o Fantasma se oculta nos túneis subterrâneos de Paris e a Fera encontra-se reclusa em seu castelo de proibições. A beleza da alma destes personagens somente será visível através de um verdadeiro amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário